sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Os versos que te fiz


Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim para te oferecer

Tem dolência de veludos caros
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu não te dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz.


(Florbela Espanca)

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Ser criança...


Ficar de novo pequenina

Olhando as crianças brincando
Comecei a pensar
Talvez quando eu era criança
Adulta eu queria ficar

E mil lembranças
Voltam em minha mente
De quando eu era pequenina
Uma criança somente

Muitas recordações
Dias felizes, as emoções
E até das tristezas
Que um dia tive

Será mesmo que aproveitei?
Será que eu valorizei?
A grandeza, a alegria
Aquela vivência em plena "folia"?

Será que o adulto eu analisei?
Será que eu acreditei,
que tudo seria melhor quando eu crescesse?
E adulta eu fiquei!

E hoje quero confessar
Que a infância me fascina...
E que eu daria tudo
Pra ficar de novo pequenina!


(Celia Piovesan)


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Feliz Eterno Dia das Crianças!

Ursinho Pimpão


Ursinho pimpão


Vem meu ursinho querido
Meu companheirinho
Ursinho Pimpão

Vamos sonhar aventuras
Voar nas alturas
da imaginação

Como na história em quadrinhos
Eu sou a Sininho
Você Peterpan

Vamos fazer nossa festa
Brincar na floresta
Ursinho Tarzan

Enquanto o sono
não vem
Eu sou Chapéuzinho
Você meu galã

Dança também
Pimpão
Pelo salão
Pimpão

É tão bonita
nossa canção

Manhã já vem
Pimpão
Dorme Pimpão
Pimpão

Urso folgado não tem lição

Vem meu ursinho querido
Ator preferido
da minha estação

Vou te sonhar colorido
Pegando bandido
na televisão

Vamos deixar o cansaço
dormir no meu braço
meu velho amigão

Não fique triste, zangado
se eu viro de lado e te jogo no chão

Ah! meu ursinho palhaço, teu circo é um
pedaço do meu coração!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Chuva, Chuvisco, Chuvarada...



Chuva


Chuva fina lá fora
e a tempestade não acaba
Escorre pelo telhado
e lava a alma com água


Por vezes turva,
É preciso ter cuidado.
Será que alguém
pode me dar um guarda-chuva?


Cadê a bonança?
Ela sempre vem
É só saber esperar
Quem acredita sempre alcança.


(Leonardo Dias)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Uma História de Amor Verdadeira



Eu retornava pra casa, em um dia muito frio quando tropecei em uma carteira. Procurei por algum meio de identificar o dono. Mas a carteira só continha três dólares e uma carta amassada, que parecia ter ficado ali por muitos anos. No envelope, muito sujo, a única coisa legível era o endereço do remetente. Comecei a ler a carta tentando achar alguma dica. Então eu vi o cabeçalho. A carta tinha sido escrita quase sessenta anos atrás. Tinha sido escrita com uma bonita letra feminina em azul claro sobre um papel de carta com uma flor ao canto esquerdo. A carta dizia que sua mãe a havia proibido de se encontrar com Michael, mas ela escrevia a carta para dizer que sempre o amaria. Assinado Hannah.
Era uma carta bonita, mas não havia nenhum modo, com exceção do nome Michael, de identificar o dono. Entrei em contato com a cia. telefônica, expliquei o problema ao operador e lhe pedi o número do telefone no endereço que havia no envelope. O operador disse que havia um telefone mas não poderia me dar o número. Por sua própria sugestão, entrou em contato com o número, explicou a situação e fez uma conexão daquele telefone comigo. Eu perguntei à senhora do outro lado, se ela conhecia alguém chamada Hannah. Ela ofegou e respondeu:
- Oh! Nós compramos esta casa de uma família que tinha uma filha chamada Hannah. Mas isto foi há 30 anos!
- E você saberia onde aquela família pode ser localizada agora? - Eu perguntei.
- Do que me lembro, aquela Hannah teve que colocar sua mãe em um asilo alguns anos atrás.Talvez se você entrar em contato eles possam informar - disse a mulher.
Ela me deu o nome do asilo e eu liguei. Eles me contaram que a velha senhora tinha falecido alguns anos atrás, mas eles tinham um número de telefone onde acreditavam que a filha poderia estar vivendo. Eu lhes agradeci e telefonei. A mulher que respondeu explicou que aquela Hannah estava morando agora em um asilo. A coisa toda começa a parecer estúpida, pensei comigo mesmo. Pra que estava fazendo aquele movimento todo só para achar o dono de uma carteira que tinha apenas três dólares e uma carta com quase 60 anos? Apesar disto, liguei para o asilo no qual era suposto que Hannah estava vivendo e o homem que atendeu me falou:
- Sim, a Hannah está morando conosco.
Embora já passasse das 10 da noite, eu perguntei se poderia ir para vê-la.
- Bem - ele disse hesitante - se você quiser se arriscar, ela poderá estar na sala assistindo a televisão.
Eu agradeci e corri para o asilo. A enfermeira noturna e um guarda me cumprimentaram à porta. Fomos até o terceiro andar. Na sala, a enfermeira me apresentou a Hannah. Era uma doçura, cabelo prateado com um sorrisso calmo e um brilho no olhar. Lhe falei sobre a carteira e mostrei a carta. Assim que viu o papel de carta com aquela pequena flor à esquerda, ela respirou fundo e disse:
- Esta carta foi o último contato que tive com Michael.
Ela pausou um momento em pensamento e então disse suavemente:
- Eu o amei muito. Mas na ocasião eu tinha só 16 anos e minha mãe achava que eu era muito jovem. Oh, ele era tão bonito. Ele se parecia com Sean Connery, o ator.
- Sim - ela continuou - Michael Goldstein era uma pessoa maravilhosa. Se você o achar, lhe fale que eu penso freqüentemente nele. E... - ela hesitou por um momento, e quase mordendo o lábio - ...lhe fale que eu ainda o amo.Você sabe - ela disse sorrindo com lágrimas que começaram a rolarem seus olhos - eu nunca me casei. Eu jamais encontrei alguém que correspondesse ao Michael...
Eu agradeci a Hannah e disse adeus. Quando passava pela porta da saída, o guarda perguntou:
- A velha senhora pode lhe ajudar?
- Pelo menos agora eu tenho um sobrenome. Mas eu acho que vou deixar isto para depois. Eu passei quase o dia inteiro tentando achar o dono desta carteira.
Quando o guarda viu a carteira, ele disse:
- Ei, espere um minuto! Isto é a carteira do Sr. Goldstein. Eu a reconheceria em qualquer lugar. Ele está sempre perdendo a carteira. Eu devo tê-la achado pelos corredores ao menos três vezes.
- Quem é Sr. Goldstein? - eu perguntei com minha mão começando a tremer.
- Ele é um dos idosos do 8º andar. Isso é a carteira de Mike Goldstein sem dúvida. Ele deve ter perdido em um de seus passeios.
Agradeci o guarda e corri ao escritório da enfermeira. Lhe falei sobre o que o guarda tinha dito. Nós voltamos para o elevador e subimos. No oitavo andar, a enfermeira disse:
- Acho que ele ainda está acordado. Ele gosta de ler à noite. Ele é um homem bem velho.
Fomos até o único quarto que ainda tinha luz e havia um homem lendo um livro. A enfermeira foi até ele e perguntou se ele tinha perdido a carteira. Sr. Goldstein olhou com surpresa, pondo a mão no bolso de trás e disse:
- Oh, está perdida!
- Este amável cavalheiro achou uma carteira e nós queremos saber se é sua?- disse a enfermeira.
Entreguei a carteira ao Sr. Goldstein, ele sorriu com alívio e disse:
- Sim, é minha! Devo ter derrubado hoje a tarde. Eu quero lhe dar uma recompensa.
- Não, obrigado - eu disse.
- Mas eu tenho que lhe contar algo. Eu li a carta na esperança de descobrir o dono da carteira.
O sorriso em seu rosto desapareceu de repente e então, perguntou:
- Você leu a carta?
- Não só li, como eu acho que sei onde a Hannah está - eu disse.
Ele ficou pálido de repente.
- Hannah? Você sabe onde ela está? Como ela está? É ainda tão bonita quanto era? Por favor, por favor me fale - ele implorou.
- Ela está bem... E bonita da mesma maneira como quando você a conheceu - eu disse suavemente.
O homem sorriu e perguntou:
- Você pode me falar onde ela está? Quero chamá-la amanhã.
Ele agarrou minha mão e disse:
- Eu estava tão apaixonado por aquela menina que quando aquela carta chegou, minha vida literalmente terminou. Eu nunca me casei. Eu sempre a amei.
- Sr. Goldstein - eu disse - Venha comigo.
Fomos de elevador até o terceiro andar. Atravessamos o corredor até a sala onde Hannah estava assistindo televisão. A enfermeira caminhou até ela.
- Hannah - ela disse suavemente, enquanto apontava para Michael que estava esperando comigo na entrada.
- Você conhece este homem?
Ela ajeitou os óculos, olhou um momento, mas não disse uma palavra. Michael disse suavemente, quase em um sussurro:
- Hannah, é o Michael. Lembra-se de mim?
- Michael! Eu não acredito nisto! Michael! É você! Meu Michael!
Ele caminhou lentamente até ela e se abraçaram. A enfermeira e eu partimos com lágrimas rolando em nossas faces.
- Veja - eu disse.
- Veja como o bom Deus trabalha! Se tem que ser, será!.
Aproximadamente três semanas depois eu recebi uma chamada do asilo em meu escritório: "Você pode vir no domingo para assistir a um casamento? O Michael e Hannah vão se amarrar"!
Foi um casamento bonito, com todas as pessoas do asilo devidamentevestidos para a celebração. Hannah usou um vestido bege claro e bonito. Michael usou um terno azul escuro. O hospital lhes deu o próprio quarto e se você sempre quis ver uma noiva com 76 anos e um noivo com 79 anos agindo como dois adolescentes, você tinha que ver este par. Um final perfeito para um caso de amor que tinha durado quase 60 anos...


(Autor Desconhecido)

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Eu te quero! Você me quer?



Bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer... bem me quer.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Anjos



"Somos todos anjos de uma asa só, mas só podemos voar quando abraçados uns aos outros".


(Brian Weiss)

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Rosa no Asfalto




A Flor e a Náusea

"...Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio".

(Carlos Drummond de Andrade)

sábado, 30 de junho de 2007

Razão do Amor


"O coração tem razões que a própria razão desconhece".


( Blaise Pascal )

terça-feira, 12 de junho de 2007

Perfume




Perfume

Exala oh perfume
Que na pele estremece
Enfeitiça,
Desvaira e enlouquece

Cria sua fragância no ar
E sentindo o doce cheiro
das rosas,
Deixa o vendo levar

Sinta oh perfume
O sussurrar das flores
Das mais lindas primaveras
Suas pétalas e cores

Sonha com os jardins
Perfumando os corações,
Transbordando amor
E colhendo belos botões

Inspira oh perfume
Na envolvente imaginação,
Os sublimes mistérios
Dessa eterna imensidão

Toca profundamente a alma
Com fascínio e beleza
Colecionando suspiros
Na mais pura leveza

Oh perfume
Desfruta da emoção
Das magia dos sentidos
E da loucura da paixão.

(Dayane Ros)

terça-feira, 29 de maio de 2007

Ler Pessoa? Devia ser prazer obrigatório...


"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."

(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Um Amor pra Recordar



"O amor é como o vento, não podemos ver, mas podemos sentir."